sábado, 14 de agosto de 2010

Juízo de fato e Juízo de valor

Se dissermos: "Está chovendo", estaremos anunciando um acontecimento constatado por nós e o juízo proferido é um juízo de fato. Se, porém, falarmos: "A chuva é boa para as plantas" ou "A chuva é bela", estaremos interpretando e avaliando o acontecimento. Nesse caso, proferimos o juízo de valor.
Juízos de fato são aqueles que dizem o que as coisas são, como são e porque são.
Os juízos de fato estão presentes na nossa vida cotidiana, mas também na metafísica e nas ciências. Os juízos de valor são proferidos na moral, nas artes, na política, na religião.
Juízos de valor avaliam as coisas, as pessoas, ações, experiências, acontecimentos, sentimentos, estados de espírito, intenções e decisões como bons ou maus, desejáveis ou indesejáveis.
Os juízos éticos são também normativos, isto é, enunciam normas que determinam como devem ser nossos sentimentos, nossos atos, nossos comportamentos.
Os juízos éticos de valor nos dizem o que são o bem, o mal, a felicidade. Os juízos éticos normativos nos dizem que sentimentos, intenções, atos e comportamentos devemos ter ou fazer para alcançar o bem e a felicidade.
Como se pode observar, senso moral e consciência moral são inseparáveis da vida cultural, uma vez que esta define para seus membros os valores positivos e negativos que se devem respeitar ou detestar.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A existência ética

Nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral.
Vivemos certas situações, ou sabemos que foram vividas por outros, como situações de extrema aflição e angústia.
Situações como essas - mais dramáticas ou menos dramáticas - surgem sempre em nossas vidas.
Nossas dúvidas quanto à decisão certa a tomar não manifestam nosso senso moral, mas também põem a prova nossa consciência moral, pois exigem que decidamos o que fazer, que justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e que assumimos todas as consequências delas, porque somos responsáveis por nossas opções.
Quantas vezes, levados por algum impulso incontrolável ou por alguma emoção forte (medo, orgulho, ambição, vaidade, covardia), fazemos alguma coisa que, depois, sentimos vergonha, remorso, culpa. Gostaríamos de voltar atrás no tempo e agir de modo diferente. Esses sentimentos também exprimem nosso senso moral.
O senso moral e a consciência moral referem-se a valores (justiça, honradez, espírito de sacrifício, integridade, generosidade), a sentimentos provocados pelos valores ( admiração, vergonha, culpa, remorso, contentamento, cólera, amor, dúvida, medo) e a decisões que conduzem a ações com consequencias para nós e para os outros. Embora os conteúdos dos valores variem, podemos notar que estão se referindo a um valor mais profundo, mesmo que apenas subentendido: o bom ou o bem.
O senso e a consciência moral dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, decisões e ações referidos ao bem e ao mal e ao desejo de felicidade. Dizem respeito às relações que mantemos com os outros e, portanto, nascem e existem como parte da nossa vida subjetiva.